Aumento da taxa do desemprego, da pobreza e do feminicídio: não há o que comemorar neste 8 de março
Por Giselle Pereira (São Paulo) e Rebeca Monteiro (Amazonas) “Desde o início da pandemia, em março de 2020, estou desempregada. Minha renda mantinha as despesas da casa e o sustento de quatro crianças”, disse Maria José, moradora da Zona Oeste de São Paulo. O caso não é isolado no país, pois dos 12 milhões de desempregados, 6,5 milhões são mulheres, 5,4 milhões são homens, segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O período pandêmico e o agravamento da crise capitalista escancarou a opressão de classe, de gênero e de raça. As mulheres hoje lutam para manterem a sobrevivência em meio a um processo brutal de destruição de direitos mínimos da classe trabalhadora. O cenário atual é de aumento dos índices de desemprego, combinado com uma forte presença do mercado informal. Essa situação do fim dos postos de trabalho formais, afetou em especial as mulheres negras. Segundo o PNAD/IBGE, no 1º tri de 2022, 43,3% das mulheres negras ocupadas estavam em