Saudações aos compas da OPOSIÇÃO COMBATIVA no SINPEEM: Por um sindicato Classista, combativo e independente dos patrões, governos e o Estado!

Nós da ART -Aliança Revolucionária dos Trabalhadores-, saudamos à FUNDAÇÃO da Oposição Combativa no Sinpeem (Sindicato dos Trabalhadores da Educação Ensino Municipal de São Paulo), ocorrida durante a PLENÁRIA realizada na subsede da APEOESP- Sul, no dia 26 de novembro de 2022. Compõem essa oposição até agora diversos coletivos como Vozes da Base, Oposição de Luta, Reviravolta, Nossa Classe, Corrente Proletária na Educação, OASL e independentes do comando regional da JT e outros comandos de greve.

Este importante agrupamento sindical aparece como resposta à capitulação da burocracia encastelada há mais de 36 anos na direção daquele sindicato. O ano de 2020 foi o ápice das traições implantadas durante todos esses anos por parte dessa gente, pois, enquanto o governo a pretexto da crise trazida com a pandemia retirava direitos e congelava salários, os burocratas do Sinpeem fechavam o sindicato, impondo um verdadeiro lockdown para negar acesso ao instrumento de luta, dificultando a mobilização da categoria contra os ataques do então prefeito Bruno Covas. Por outro lado, crescia a indignação na base. A partir de junho daquele mesmo ano comitês de luta começaram a se formar para organizar a resistência contra o retorno às aulas presenciais ainda em 2020; e o imobilismo da direção sindical.

Em 2021, agora organizada e liderada pelos comandos regionais de greve, as trabalhadoras e trabalhadores da educação passaram por cima da pelegada e iniciaram a “greve pela vida” que, junta com outra greve, sendo essa contra a reforma da previdência do município, duraram cerca de 120 dias. Embora longa e desgastante conseguiram através da luta a antecipação da vacinação para todo o segmento da educação que estava exposta em sala de aula e que já contabilizava algumas centenas de mortes por covid adquiridas nas unidades escolares.

 A vitória conseguida no primeiro movimento paredista não se confirmou na luta contra o Sampaprev. O “corpo mole” da direção que mantinha o sindicato em lockdown, sem organizar as instâncias internas para conduzir a greve, ao mesmo tempo que essa burocracia se reunia às portas fechadas nos gabinetes da prefeitura, enfraqueceu o movimento e a categoria desconfiada com mais uma possível traição, reduzia sua participação na greve paralisando apenas nos dias de assembleia.  A greve terminou sob forte ataque da GCM no mês de novembro logo após votação do projeto do governo na Câmara de Vereadores do projeto do governo.

O papel histórico de amortecer as lutas em favor dos patrões e do seu Estado, cumprido pelas burocracias só pode ser combatido a partir de uma grande mobilização da classe trabalhadora liderada por uma vanguarda classista, combativa e que defenda a independência do sindicato, regido pela mais ampla democracia operária. Era isto que estava se desenvolvendo ao longo desses dois anos e foi para isto que a Oposição Combativa se constituiu. Forjada no calor da luta, com uma vanguarda renovada, nem por isto menos aguerrida e consciente do seu papel que fez nascer dentro do Sinpeem essa oposição.  

Entendendo que no próximo período a tendência de ataques deve acentuar, ainda mais agora com o Governo Lula, eleito também para controlar o movimento através dessas direções, a Oposição Combativa tirou um calendário para fazer agitações junto à categoria pela revogação de todas as reformas que retiraram conquistas da classe, como a trabalhista e previdenciária, assim como pela retirada da PEC 32, conhecida como reforma administrativa.

Por fim, é importante destacar que a Oposição Combativa desfraldou, além das bandeiras imediatas, algumas bandeiras históricas lidas em seu documento de RESOLUÇÃO, com as palavras de ordens de abaixo o capitalismo e a conquista de uma sociedade sem exploradas e exploradores.

Vida longa à Oposição Combativa!

Abaixo a burocracia!

Saudações classistas,

 

ART -Aliança Revolucionária dos Trabalhadores,

 

São Paulo, 27 de novembro de 2022.