Todo apoio às Educadoras do Campus Montanha- IFES: Bolsonaristas não passarão!
Declaração da Marx Brasil
“Nada causa mais horror à ordem do que mulheres
que sonham e lutam”
(José Martí)
É visível que os
e as apoiadoras do genocida e quase ex-presidente em exercício, Jair Bolsonaro, estão à beira de um ataque de nervos.
Frente à derrota evidente nas eleições que se aproximam e sendo forçadas a encarar a realidade de
que esse é um governo odiado pela ampla maioria da população, buscam desesperadamente disfarçar as aparências e
negar as evidências. São inúmeros casos
de violência política, inclusive assassinatos, perpetrados pelos fanáticos
bolsonaristas contra pessoas que não
apoiam o seu candidato. Quando não podem agredir fisicamente, recorrem a provocações, ataques difamatórios,
tentativa de censura. Tudo, evidentemente, em vão, pois nada é mais forte do que
uma ideia cuja hora chegou e
já passou muito da hora colocar pra Fora Bolsonaro
Um desses surtos de abstinência bolso-afetiva acorreu no norte do ES essa semana, quando algumas educadoras, trabalhadoras do Campus Montanha do IFES, publicaram em suas redes sociais tão somente uma foto onde usavam uma camisa com os dizeres “Ciência & Balbúrdia & SUS & Ele Não”, que usavam para trabalhar naquele dia.
Não haveria espaço nesse texto para falar do quanto a Ciência é importante e do quanto ela foi atacada por esse governo negacionista, que fez de tudo para não comprar vacinas, para desestimular sua aplicação, para propagandear remédios ineficazes, para se opor ao uso de máscaras, etc. Quase 700 mil brasileiros (oficialmente) não estão mais entre nós por causa da Covid e grande parte deles poderia ter sido salva se o governo não fosse um aliado tão dedicado do vírus. Apesar disso, a dedicação de trabalhadoras e trabalhadores da ciência e de saúde conseguiu salvar muitos milhões de pessoas. Estamos vivos hoje graças à Ciência e ao SUS!
O SUS é uma conquista gigantesca de todo o povo brasileiro, sua importância é inestimável. É fundamental para a sustentação da saúde e da vida de mais de 200 milhões de pessoas! Por isso mesmo, vive sobre ataque de políticos a serviço do setor de Saúde privado. Enquanto o orçamento público da Saúde recebe cortes em cima de cortes, assim como o da Ciência, e muitos outros, jorram bilhões em verbas do Orçamento Secreto para os aliados de Bolsonaro.
A Pesquisa no Brasil é realizada, em sua quase totalidade, nas instituições públicas de ensino, Universidades e Institutos. Na sua sanha por também destruir essa conquista do povo brasileiro, o ex-ministro da deseducação Abrahan Weintraub se referiu às Universidades brasileiras (mas claramente o “elogio” se estende aos Institutos) como locais de balbúrdia, onde não se aprende e onde não se produz nada. Mais uma expressão do “mundo bizarro” do bolsonarismo, onde o ministro da saúde é contra o SUS, o da educação é contra as universidades, o do meio-ambiente é agente do desmatamento, a das mulheres propaga o machismo, etc.
O que o ex-ministro chama de balbúrdia, na verdade tem outro nome: liberdade de pensamento, de ensinar e aprender, de criticar. Embora os ultraliberais do quase ex-governo adorem falar em liberdade, é exatamente o que eles mais odeiam. A única liberdade no capitalismo é, evidentemente, a do capital. Por isso buscam de todas as formas calar a divergência e impor seu pensamento único. Seu paradigma de educação, não surpreendentemente é o das escolas militares. Obedecer, aceitar, se submeter, ordem unida, direita volver!
Por isso mesmo causa tamanho desconforto aos bolso-afetivos o contato com ideias diferentes, a discussão. Fanáticos não discutem. Fanáticos seguem o som do berrante. Também é isso que motiva a bizarra defesa do ensino domiciliar (homeschooling), para impedir que os seus filhos tenham acesso a outros olhares e desenvolvam capacidade crítica de questioná-los.
Repudiamos veementemente a exposição das educadoras em foto adulterada e mentirosa nas redes sociais bolsopatéticas. Como não havia nada para se falar, precisaram apelar ao principal modus operandi da bozolândia, a mentira, afirmando que as educadoras estavam distribuindo material de um candidato. Embora defendamos que todo e qualquer cidadão brasileiro deve poder, sem risco de qualquer perseguição, expressar suas posições políticas democraticamente em qualquer espaço, inclusive através de materiais que identifiquem suas preferências, isso não ocorreu, de maneira alguma.
A difamação, o
ataque vil e mentiroso a essas profissionais dedicadas e o desrespeito à
própria escola não serão esquecidos!
Não surpreendentemente o alvo, mais uma vez, são mulheres. Nós da Marx Brasil damos nosso integral apoio às
educadoras e nos colocamos desde já a disposição de qualquer ação em defesa da liberdade de cátedra e de livre manifestação política
dentro das instituições públicas de ensino. O
próprio Campus Montanha do IFES soltou uma nota onde deixa claro que as educadoras não infringiram nenhuma
norma daquela instituição.
Quanto à última frase da camisa, “Ele não”, esse certamente foi o trecho que causou mais furor no rebanho gadomínion. Por isso, para não deixar dúvidas, nós de Marx Brasil também reforçamos em bom som “Ele nãooo!!!!”, e não adianta tentar as educadoras ou a nós! E mesmo que nos calem, as pedras falarão! E as pedras, o povo, o mundo gritam: ELE NÃO! ELE NUNCA! ELE JAMAIS!
Bolsonaro vai cair, mas os fascistas continuarão e só poderão ser derrotados através da luta. Além disso, não é possível ter nenhuma ilusão de que o futuro governo de Lula-Alckmin não atacará nossa classe! É necessário seguir forte nas lutas contra todos os governos burgueses, até que o dia em os trabalhadores governem! Eles (os burgueses) não, nunca! Nós (as trabalhadoras e trabalhadores) sim, sempre!
Por isso, vamos à luta com as educadoras de Montanha, com os indígenas da Amazônia, com as guerrilheiras de Rojava, com os partisanos da Ucrânia, com as mulheres do Irã, com os lutadores da primeira linha no Chile, com os negros e negras dos EUA, com o povo palestino em Gaza!
Comentários
Postar um comentário