07 de Setembro: tomar as ruas contra a fome, o desemprego, contra os militares e Bolsonaro

 



Ninguém pode dizer que Bolsonaro não tentou novamente convocar massivas manifestações golpistas com o objetivo de refutar o resultado das eleições em caso de derrota, mas nem a burguesia nacional e nem o imperialismo o sustentaram. Com isso, o bufão genocida não ficou de mãos abanando porque estava segurando uma víscera podre de Dom Pedro I.

Isso não significa que a classe trabalhadora pode confiar na burguesia ou no imperialismo em defesa das mínimas liberdades democráticas conquistadas com muito esforço. Pelo contrário, quando as classes dominantes se sentirem ameaçadas pelos trabalhadores, não terão nenhum pudor em apelar para regimes fascistas ou semifascistas, como Putin e Erdogan, por exemplo.

 Por isso mesmo as liberdades democráticas só podem ser garantidas por meio da luta da classe trabalhadora. Com seus métodos. A ultra direita vai perder as eleições, mas não será derrotada, não desaparecerá. O fascismo só se derrota nas ruas, nas lutas. É necessário tomar o país numa gigantesca onda de lutas e protestos contra a fome que já atinge mais de 30 milhões de brasileiros; contra o desemprego e a uberização/ifoodização da economia; contra a destruição da Amazônia que está matando e envenenando o povo da região, com consequências gravíssimas para a sobrevivência da humanidade. E também pela desmilitarização da educação  e da política. É preciso punir os militares golpistas e corruptos, os criminosos fardados que, em 2004, invadiram o Haiti, país irmão mais pobre das Américas, para atender ao imperialismo yanque e treinar como aterrorizar a população favelada do Rio de Janeiro.

Não faltam motivos para nossa classe ir às ruas, se mobilizar, chamar uma Greve Geral! No entanto as direções do movimento têm mais medo da mobilização popular do que de qualquer outra coisa e seguem esvaziando qualquer mobilização e chamando apenas a votar no “salvador da pátria” Lula.

Por ação deliberada das direções da “esquerda”, vergonhosamente a ultra direita será maioria na rua no dia 07 de setembro, quando poderiam ser esmagados por uma manifestação gigantesca de nossa classe! A esquerda brasileira esquece sua história, esquece como os integralistas foram derrotados na “revoada dos galinhas verdes”.

 Essa desmobilização, essa enganação toda num momento de tanta gravidade são a crônica de uma tragédia anunciada. Lula vai ser eleito. E todos os problemas atuais irão continuar existindo. Não é mais possível conciliar minimamente, nesse momento de uma crise gigantesca do capitalismo internacional. Assim, o que irão dizer essas direções que apontam eleger Lula e Alckmin como o início da recuperação dos direitos da classe trabalhadora quando a realidade mostrar que esse governo não vai anular nenhuma reforma neoliberal? Quando propuser outras, como a reforma administrativa? Quando fizer novos juramentos à “responsabilidade fiscal”? Vão dizer que foram enganadas? Não foram! Pelo contrário, foram enganadoras! Enganados estão sendo os trabalhadores e trabalhadoras do nosso país ao serem chamados a não lutar, ao serem desmobilizados, a serem novamente envenenados com as ilusões eleitorais!

E a classe trabalhadora, após mais essa decepção, se voltará para onde? Lembrem-se que os 30% eleitores da ultra direita continuarão existindo…

A única saída para nossa classe é a mobilização independente, pela base, em cada local de trabalho, moradia ou estudo, na defesa de um programa que satisfaça suas necessidades mais sentidas, um Pão, Paz e Terra adequado à realidade atual. A enorme rejeição que os governos “progressistas” da Argentina, Peru e Chile já enfrentam se repetirá rapidamente também no Brasil.

O capitalismo não tem nada a oferecer a nossa classe a não ser a barbárie. E o Socialismo, a única alternativa possível contra a barbárie, não se constrói nas urnas, não se constrói sem lutas. É urgente voltarmos aos mais básicos ensinamentos de Marx, antes que seja tarde. A ganância capitalista coloca a natureza e a espécie humana estão à beira de extinção. Um dia a mais para o capitalismo é um dia a menos para os rios, para as florestas e, principalmente, para o gênero humano.

Venha lutar com a Marx Brasil pela construção de uma alternativa socialista e revolucionária!

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