Viva o Chubutazo! Abaixo a Lei de mineração!



Por La Marx - Mesa Patagônia 

Todo o apoio à massiva mobilização que percorreu Rawson, Esquel e Comodoro Rivadavia contra a entrega dos recursos naturais nas mãos das corporações multinacionais extrativistas. O povo tomou as ruas do sul contra a mineração, a destruição capitalista do ambiente, a poluição da água e dos recursos naturais.

Repudiamos a forte repressão contra o povo que, sob as ordens do governador Arcioni e do Ministro de Segurança Provincial da província de Chubut, deixou um rastro de feridos por bala de borracha, com gases lacrimogêneos, tentando deter a revolta da cidade contra a lei que permite a mineração.

Os acordos políticos com as Corporações Multinacionais "Projeto Natal"

O nefasto governador de Chubut, Arcioni, promulgou nessa quinta-feira pela manhã a lei 128/20 de Desenvolvimento Industrial da Mineração e Metalífero Sustentável da Província do Chubut, aprovada na quarta-feira 16/12/21, em conivência ao pagamento da legislatura provincial.


Essa política de destruição ambiental só pode ser impulsionada com o guião do governo peronista capitalista de Alberto e Cristina que negociam com as corporações multinacionais a exploração e contaminação dos recursos naturais, destrói a natureza, contamina a água, o ar e o solo, à custa do povo e que para silenciá-lo o reprime brutalmente.

A partir de 2003, a Província proibiu por lei a mineração a céu aberto e a utilização de cianeto nas mantas terrestres para a transformação de metais durante a extracção. Todavia, durante esse período, os empresários da mineração conseguiram um acordo com a conivência política para obter autorizações e utilizar o solo e contaminar a terra e a água.

Essa Lei 128, sancionada às escondidas do povo, contra os recursos naturais, só beneficia a Corporação Pan American Silver Corporation, companhia mineradora com sede no Canadá, com operações na América Latina. Essa multinacional tem minas e outros projetos no México, Peru, Bolívia, além da Argentina. E com essa lei sancionada, os empresários acionistas ganharam 347 milhões de dólares.

Dessa forma, mediante a sanção dessa lei, a mineradora tem caminho livre para a exploração do "Projeto Natal" que se desenvolverá no planalto central de Chubut, e no qual investirá US$ 1 bilhão de dólares.

"Natal", o nome do nefasto projeto, é um dos maiores depósitos de prata e chumbo do mundo, chamado de natal porque os primeiros resultados de laboratório sobre as amostras de rochas extraídas surgiram em 25 de dezembro e revelou a existência de minerais avaliados em 3.500 milhões de dólares. Essa riqueza encontrada nos minerais de Chubut foi disputada por duas empresas canadenses: Explorations e Aquiline Resources. Mas esse conflito de interesses sobre a Patagônia se resolveu nos tribunais burgueses do Canadá concedendo a exploração a Alquiline.

Não é por acaso que as zonas as quais abrange a nefasta lei inclui a localidade de Gastre. Em 2009 este Projeto foi adquirido pela Pan American Silver Corporation, empresa que conseguiu a revogação da Lei 5001 que proibia o uso do cianeto em toda a província. Mas seus projetos agora começam a se concretizar, no entrecruzamento corrupto, entre o governador, legisladores provinciais e empresários com encobrimento do governo nacional capitalista de Alberto e Cristina.

 Rejeitamos essa lei que põe em perigo as zonas da Patagônia

A instalação dessas Corporações em Chubut é uma amostra do desastre que significa a Argentina capitalista, onde todas as riquezas e o patrimônio estão ao serviço do lucro das empresas imperialistas, deixando para o povo só miséria, pobreza e destruição ambiental.

Apoiamos o Chubutazo, que expõe o negócio do governo capitalista de Alberto e Cristina com o imperialismo e a única forma de terminar com essas negociatas: derrotar o governo peronista e as instituições capitalistas que vão contra os trabalhadores e o povo.

A província de Rio Negro foi a antessala do desastre ambiental provocado pela empresa extravista Oldelval S.A. Na ocasião, a empresa foi responsável pelo vazamento de petróleo em Catriel, quando um cano central rompeu e 3.500 metros cúbicos de petróleo cru foram derramados, causando a contaminação das mantas terrestres, catástrofes naturais em prol de interesses de poucos. Esses poucos são os que mantêm a sua impunidade para intervir, contaminar a água, o solo, o ar, destruir o ambiente e as reservas naturais e requerem a impunidade para agir e a conivência dos governos provinciais e do governo nacional.

Desde La Marx e o Nuevo PST repudiamos à nefasta lei capitalista sancionada para destruir o meio ambiente a favor das corporações multinacionais. Apoiamos o povo que sai às ruas para se mobilizar, e impulsionamos com veemência a organização e mobilização nacional e internacional em apoio ao povo de Chubut e a Patagônia.

Denunciamos todos os acordos e pactos do governo nacional capitalista de Alberto e Cristin, do Governo Provincial de Arcioni e seus asseclas com as corporações multinacionais contra a classe trabalhadora e o povo. Sigamos o exemplo do povo de Chubut para impor um Argentinazo que derrote o governo capitalista de Alberto e Cristina e seus asseclas e abrir o caminho para uma Argentina Socialista

 

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