Solidariedade às famílias do assentamento Luiz Beltrame – SP
Na noite de 14 de dezembro recebemos a denúncia feita por companheiros do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST) a respeito do ataque covarde e vil que jagunços realizaram contra as 77 famílias campesinas que residem e trabalham no assentamento Luiz Beltrame, localizado na cidade de Gália-SP.
De imediato esse ataque
tem um claro interesse: desalojar as famílias trabalhadoras para entregar a terra
para latifundiários da região que possuem relações políticas com o Governo Bolsonaro,
tal como Ivan Cassaro, atual prefeito da cidade de Jaú. Não é por acaso que
essa ação foi instigada pelo superintendente do INCRA-SP, Edison Fernandes, que
tenta despejar as famílias campesinas mesmo sem nenhuma ordem judicial, o
fazendo apenas para agradar os comparsas de Bolsonaro.
No entanto, em termos
histórico, também compreendemos esse ataque como mais um entre tantos outros
ataques que existem porque no Brasil não há e nunca existiu uma política séria
de distribuição de terras para o campesinato pobre. Todos os governos, sem
nenhuma exceção, governaram e governam para os latifundiários e para o capital
financeiro que é quem investe nesse setor.
Por essa razão, ao passo que nos somamos para a denúncia contra esse ataque e nos solidarizamos com as
famílias do assentamento de Luiz Beltrame, também chamamos os companheiros e
companheiras do MST a retomar o método da luta direta, isto é, a luta pela socialização
da terra mediante marchas e ocupações de grandes fazendas.
Direção Marx Brasil
*Foto: Sebastião Salgado
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